Como está a "qualidade da minha vida?
- Igreja Batista da Família
- 26 de jan. de 2022
- 3 min de leitura
Por Pr. Cristiano Vinicius Barbosa

A palavra “qualidade” tem sua origem na língua latina “qualitate” que significa a característica particular de uma pessoa ou um atributo bom de alguém, podendo ser diferenciado dos demais indivíduos¹.
Ao longo de nossas vidas aprendemos que se cuidarmos bem do nosso corpo através de bons alimentos, hábitos saudáveis e atividades físicas regulares, podemos desfrutar de uma vida com qualidade, contribuindo também com a nossa saúde mental, e obtendo uma longevidade saudável. Como também aprendemos que se negligenciarmos esta prática diária poderemos adquirir várias doenças e comprometer a nossa saúde em todos os aspectos.
Pensando na “melhor idade” ou no idoso, aprendemos que “o envelhecimento é uma experiência individual, uma vez que as pessoas diferem não só em suas características e comportamentos, mas também na maneira de como elas mudam com o tempo”. Daí a importância de refletirmos sobre a necessidade de melhorarmos o nosso comportamento frente a nossa saúde a medida em que vamos envelhecendo.²
E se tratando de saúde do idoso, apresentamos uma importante informação dada pelo Dr. Segundo Sérgio Márcio Pacheco Paschoal, em seu trabalho intitulado “Qualidade de Vida na Velhice”, onde nos apresenta um modelo de qualidade de vida na baseado em 4 dimensões inter-relacionadas:
1)Condições ambientais: é o contexto físico, ecológico e construído pelo homem.
2)Competência comportamental: é o desempenho do indivíduo frente as diferentes situações de sua vida.
3)Qualidade de vida percebida: é a capacidade do idoso avaliar a própria vida.
4)Bem-estar subjetivo: é a satisfação do idoso com a própria vida.

Pensar neste modelo, nos desperta à pensar na maneira ou forma de como estamos cuidando de nossas vidas, se temos realmente percebido o meio físico onde convivemos, se temos tido um desempenho adequado ou insatisfatório nas nossas atividades diárias, se conseguimos avaliar o momento atual da nossa existência, e principalmente, se estamos bem com nós mesmos.
Este modelo também nos leva a pensar em outras questões importantes sobre o tipo de “qualidade” que temos buscado neste momento atual em que estamos vivendo:
Será que temos escolhido bem os alimentos com um aspecto nutricional recomendável? Será que temos realizado atividade física de forma regular? Como tem sido a qualidade do nosso sono? Como estão os nosso hábitos diários? Será que estamos sempre nos movimentando ou reduzimos a nossa capacidade de locomoção? Como está o nosso nível de satisfação pessoal? Estamos tristes ou nos mantemos motivados, esperançosos?
Pensar nessas 4 dimensões e nos demais questionamentos, nos mostra que precisamos a cada dia investir melhor na “qualidade” de nossas vidas, a fim de tomarmos sempre a melhor decisão para nós mesmos, pois o autor citado nos alerta que “o envelhecimento é um processo que todos devemos aprender a controlar, para que o resultado seja o melhor possível que caminhamos escolher, para que ao avaliar nossa vida, estejamos plenamente satisfeitos, sentindo-nos como seres íntegros e realizados, com a sensação de que ainda temos um lugar no mundo, onde possamos continuar desenvolvendo-nos, ativos na sociedade, integrados à humanidade e ao cosmos”. Espero que esta breve reflexão possa contribuir para você continuar melhorando a sua qualidade de vida. Grande abraço e até a próxima.
CRISTIANO VINICIUS BARBOSA
Enfermeiro Gerontologo
CORENSP – 203624
Fonte:
1. https://www.dicio.com.br – acesso em 07 de janeiro 2022.
2. Artigo: “Envelhecimento: Uma experiência individual. Faculdade Única.
3. FREITAS, E. V. ; PY, L. Tratado de Geriatria e Gerontologia – 4ª Ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
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